Genética pré-mendeliana: Aristóteles

Aristóteles


Aristóteles ( Estagira, 384 a.C. – Atenas, 322 a.C.) foi um filósofo grego, aluno de Platão e professor de Alexandre, o Grande. Seus escritos abrangem diversos assuntos, como a física, a metafísica, a poesia, o teatro, a música, a lógica, a retórica, o governo, a ética, a biologia e a zoologia. Juntamente com Platão e Sócrates (professor de Platão), Aristóteles é visto como uma das figuras mais importantes, e um dos fundadores, da filosofia ocidental.

A Pangênese foi criticada por Aristóteles, que elaborou um tratado acerca da reprodução e da hereditariedade. Nesse tratado, ele descreveu quatro tipos de reprodução entre os seres vivos: a reprodução assexuada por brotamento, a reprodução sexuada por cópula, a reprodução sexuada sem cópula e a geração espontânea ou abiogênese. Ele defendia também a existência de substâncias responsáveis pela hereditariedade.
Para Aristóteles, existia uma base física da hereditariedade no sêmen produzido pelos pais. O termo "sêmen" foi usado por Aristóteles com o sentido de semente. Atualmente, o termo correspondente seria gametas, cujo papel na reprodução só foi estabelecido em meados do século XIX.

Aristóteles conhecia a proposição da Pangênese, mas ele a rejeitou. Ele argumentava que características não físicas, como aquelas ligadas ao comportamento, não poderiam produzir gêmulas. Além disso, ele observou que as características adquiridas ao longo da vida, como as alterações no corpo devidas a ganho de massa muscular e lesões corporais, não eram transmitidas aos descendentes. Ele também verificou que certas pessoas herdavam características que não estavam presentes nos pais, mas ocorriam em avós ou ancestrais mais longínquos.

Aristóteles era um cientista à frente de seu tempo. Ele propôs uma hipótese que, embora vaga, ainda é considerada verdadeira. Até o final do século XIX não houve avanço relevante em termos de transmissão de características hereditárias, ou seja, a compreensão da hereditariedade não progrediu entre Aristóteles (384-322 a.C.) e Gregor Mendel (1822-1884).

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