Aedes aegypti transgênico


A empresa britânica Oxitec, desenvolveu uma linhagem de mosquitos Aedes aegypti, que possui um gene produtor de uma proteína, que mata os seu próprios descendentes na fase de larva.

Com biofábrica em Juazeiro e Campinas, a empresa produtora dos transgênicos, realiza testes no Brasil desde 2011. Na Bahia obteve 79% e 90% de redução de mosquitos em seis meses, em duas diferentes cidades baianas (respectivamente Jacobina e Juazeiro)

Os machos geneticamente alterados são liberados na natureza, e irão cruzar com as fêmeas que circulam pela região. Os filhotes que nascem desse cruzamento não sobrevivem.

Este projeto, lançado em fase experimental em um bairro da cidade de Piracicaba no interior do estado de São Paulo, obteve uma redução de 82% no número de larvas do mosquito em comparação com outros bairros da mesma cidade.

Antes do uso do mosquito modificado, o bairro registrou 127 casos de moradores infectados pela dengue. Após a liberação dos machos modificados, a quantidade de pessoas do bairro com a doença caiu para seis.

Os resultados são animadores, mas ainda há muito o que se fazer para conter o avanço do mosquito Aedes aegypti e das doenças que ele transmite.

Vale lembrar que, o uso de organismos geneticamente modificados, sempre envolve potencial risco ecológico, e o tiro pode "sair pela culatra"!

Atendendo `a solicitações de integrantes da Sociedade para a Defesa do Meio Ambiente de Piracicaba (Sodemap), de pesquisadores da CNTBio e da Escola Superior de Agronomia Luiz de Queiroz (Esalq) que pediram apuração sobre os dados fornecidos pela Oxitec quanto à eficiência e a segurança da utilização dos mosquitos transgênicos, o Ministério Público instaurou inquérito sobre o assunto e requer informações da Prefeitura e da Oxitec, empresa responsável pelo projeto.


0 comentários: