Aedes aegypti



CLASSIFICAÇÃO CIENTÍFICA

Reino Animalia
Filo Arthropoda
Classe Insecta
Ordem Diptera
Subordem Nematocera
Família Culicidae
Subfamília Culicinae
Gênero Aedes
Subgênero Stegomyia
Espécie Aedes aegypti 

O Aedes aegypti é um mosquito que transmite várias doenças perigosas, como por exemplo, dengue e febre amarela urbana. O Aedes aegypti também é o transmissor do Zika vírus, que pode causar a microcefalia, e do vírus causador da febre chikungunya.

Estes insetos são típicos de regiões urbanas de clima tropical e subtropical (com presença de calor e chuvas). Não conseguem viver em regiões frias.

É de tamanho pequeno, possuindo, em média, 0,5 cm de comprimento. Possui cor preta com manchas (riscos) brancos no dorso, pernas e cabeça. O ruído deste mosquito é muito baixo, sendo que o ser humano não consegue ouvir.

O mosquito macho alimenta-se de frutas ou outros vegetais adocicados. Porém, a fêmea alimenta-se de sangue animal (principalmente humano). No momento que está retirando o sangue, a fêmea contaminada transmite o vírus da dengue para o ser humano. Na picada, ela aplica uma substância anestésica, fazendo com que não haja dor na picada.

As fêmeas costumam picar o ser humano na parte do começo da manhã ou no final da tarde. Picam nas regiões dos pés, tornozelos e pernas. Isto ocorre, pois costumam voar a uma altura máxima de meio metro do solo.


MORFOLOGIA

O Aedes aegypti é escuro, com faixas brancas nas bases dos segmentos tarsais e um desenho em forma de lira no mesonoto. Nos espécimes mais velhos, o “desenho da lira" pode desaparecer, mas dois tufos de escamas branco-prateadas no clípeo, escamas claras nos tarsos e palpos, permitem a identificação da espécie. O macho se distingue essencialmente da fêmea por possuir antenas plumosas e palpos mais longos.
Esquematização do macho de A. aegypti

Esquematização da fêmea de A. aegypti
Tórax
Mesonoto recoberto de escamas escuras e escamas brancas prateadas, dispostas em linhas longitudinais formando o desenho classicamente comparado a uma “lira”. As faixas externas são constituídas por escamas largas e as “cordas” são formadas por um par de linhas finas e as escamas branco-prateadas são mais estreitas. As pernas são escuras com 29 manchas claras nas articulações; os artículos tarsais possuem anéis claros na extremidade basal, maiores nos tarsos posteriores principalmente no 5º que pode ser totalmente branco, nos tarsos anteriores e médios essa marcação é menor. A asa tem suas veias recobertas de escamas escuras.

Abdômen
O abdômen tem os tergitos recobertos de escamas escuras e a partir do 2º segmento existem faixas basais e basolaterais de escamas claras.



Diferenças entre A. aegypti e A. albopicus.


CICLO DE VIDA


A fêmea deposita seus ovos em locais com água parada (limpa ou pouco poluída). Por isso, é importante não deixar objetos com água parada dentro de casa ou no quintal. Sem este ambiente favorável, o Aedes aegypti não consegue se reproduzir.

As larvas são brancas quando nascem, mas tornam-se negras depois de algumas horas.

Pode ser encontrado em várias regiões da África e América do Sul, inclusive no Brasil. Em nosso país, tem transmitido a dengue a uma grande quantidade de pessoas. A dengue, se não tratada corretamente, pode levar o indivíduo a morte. Vale lembrar que ele também transmite aos seres humanos outros vírus perigosos: vírus causador da febre chikungunya, além do vírus Zika (que pode causar a microcefalia em bebês de gestantes infectadas).


OVO

Ovos do Aedes aegypti
O ciclo de vida do Aedes aegypti inicia-se após a deposição dos ovos por uma fêmea na parede de um criadouro com água (os ovos não ficam na água, mas bem próximos a ela). Esses ovos apresentam 0,4 mm de comprimento e cor branca, mas, com o tempo, em virtude do contato com o oxigênio, tornam-se escuros.

Os ovos podem permanecer sem eclodir por um grande período de tempo, aguardando até o próximo período chuvoso. Estudos sugerem que os ovos de A. aegypti resistam por até 450 dias, uma vez que são extremamente resistentes ao ressecamento. A eclosão do ovo ocorre quando a água entra em contato com essa estrutura.

LARVA

A larva do Aedes aegypti representa uma fase aquática do ciclo de vida.
Após a eclosão do ovo, o A. aegypti torna-se uma larva, que é composta por cabeça, tórax e abdômen, sendo essa última porção formada por oito segmentos. Durante a fase larval, o Aedes alimenta-se principalmente da matéria orgânica presente no criadouro e destaca-se por possuir grande agilidade.

A larva passa por quatro estágios até se tornar uma pupa. Em condições favoráveis, com alimento e temperatura entre 25°C e 29° C, o período compreendido entre a eclosão e a pupação gira em torno de cinco dias.

PUPA

Pupa do Aedes aegypti.
A fase de pupa destaca-se pela inexistência de alimentação e pela metamorfose que marcará o início da fase adulta. Durante a fase de pupa, o A. aegypti apresenta corpo dividido em cefalotórax e abdômen, estrutura que se assemelha a uma vírgula. Esse período dura em média três dias e, durante esse tempo, a pupa permanece na superfície da água para facilitar o voo quando adulto.

ADULTO

Adulto do Aedes aegypti.
A fase adulta é a mais conhecida pela população, uma vez que é a fase em que o Aedes aegypti pode transmitir doenças ao homem. O mosquito, nesse momento, apresenta hábitos diurnos e um padrão de cor característico, com listras e manchas brancas em um corpo preto. Essa coloração é fundamental para a realização de camuflagem, uma vez que ele é encontrado em ambientes escuros e próximos ao chão.

Alguns dias depois do início da fase adulta, o mosquito já está apto para o acasalamento, que normalmente ocorre durante o voo. Após a cópula, a fêmea necessita de sangue para completar o desenvolvimento dos ovos e é nesse momento que pode ocorrer a transmissão de doenças para o homem;

Depois de aproximadamente três dias da ingestão do sangue, a fêmea do A. aegypti está pronta para a postura dos ovos. Esses ovos são distribuídos por vários criadouros, mais frequentemente no fim da tarde. Durante sua vida, uma fêmea pode dar origem a aproximadamente 1500 mosquitos.


1 comentários:

Everton disse...

Ana, parabéns pelo post. Muito esclarecedor e muito didático. Cada dia mais eu ouço falar de pessoas que contraíram dengue, Zika, chikungunya. Precisamos nos informar para combater esses males!