Reprodução Sexuada
Os gametas e os ciclos reprodutivos:
Em muitas algas aquáticas há a produção
de gametas que, fundindo-se, originarão zigotos. Esses zigotos, após
curto período de dormência, sofrem meiose com produção de quatro células
(zoósporos). Cada uma dessas células originará nova
alga, necessariamente haplóide. Note que, neste caso temos um ciclo
reprodutivo no qual o organismo adulto é haplóide.
O ciclo é chamado de haplobionte
(ou haplonte). A meiose ocorre na fase de zigoto, sendo chamada
zigótica. Também é chamada de meiose inicial, uma vez que cada célula
iniciará a formação de novo organismo adulto.
Em outras algas, a geração adulta é
diplóide e produz gametas por meiose. Do encontro de gametas, na
fecundação, surge um zigoto que acaba originando um adulto diplóide. O
ciclo reprodutivo é diplobionte (ou diplonte). A meiose é gamética, pois
serviu para formar gametas. Também é chamada de meiose final por que
ocorre no fim do período de desenvolvimento do indivíduo adulto
diplóide.
Alternância de gerações
A maioria das algas multicelulares
apresentam alternância de gerações, ou seja, em seu ciclo de vida
alternam–se gerações de indivíduos haplóides e diplóides.
Ex: Alga verde talosa do gênero Ulva
O ciclo haplodiplobionte ocorre também nas algas e pode ser visto na página que trata de Gimnospermas.
Quanto aos gametas produzidos pelas algas, há casos de:
- Isogamia - gametas masculinos e femininos iguais;
- Heterogamia - gametas masculinos e femininos móveis, flagelados, porém o masculino bem menor em tamanho que o feminino.
- Oogamia- gameta masculino é pequeno e móvel e o gameta feminino é grande e imóvel.
A conjugação
Em algumas algas filamentosos de água
doce ocorre pareamento de dois indivíduos com a passagem, por um canal
de comunicação, de células inteiras de um para outro filamento. As
células são haplóides e após se juntarem originam zigotos. Os zigotos
dividem-se por meiose e a cada célula formada será capaz de originar
novo filamento haplóide. Note que essa conjugação faz parte do ciclo
haplobionte e a meiose do zigoto contribui para o surgimento de
variabilidade.
As algas estão subdivididas em seis filos: Chrysophyta (algas douradas), Pyrrophyta (algas cor de fogo), Phaeophyta (algas pardas), Chlorophyta (algas verde), Rhodophyta (algas vermelhas) e Euglenophyta (euglenóides).
Alguns autores aceitam como algas protistas somente os filos Chrysophyta (algas douradas), Pyrrophyta (algas cor de fogo) e Euglenophyta (euglenóides), classificando os outros filos, Phaeophyta (algas pardas), Chlorophyta (algas verde) e Rhodophyta (algas vermelhas), no Reino Plantae.
A ciência está em constante aperfeiçoamento e há sempre novos desafios a superar. As discordâncias atuais quanto `a classificação dos seres vivos não devem desestimular o interesse dos estudantes. O importante é conhecer as características dos seres vivos mais representativos e estar informado sobre as polêmicas envolvidas em sua classificação.
Eu, particularmente, prefiro seguir a classificação de Whittaker com as modificações feitas por Schwartz e Margulis, que reúne todas as algas e os protozoários no Reino Protista.
Após esta explicação bem detalhada, coloco uma tabela de resumo com as
principais características das algas. Estas tabelas são muito
práticas, mas não servem de nada se não houver o estudo completo
primeiro, OK?
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